Direcionada às cooperativas do agronegócio, a palestra realizada pelo Sistema OCESC nesta terça-feira (08) abordou o tema “Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose”, com o objetivo de proporcionar conhecimento com informações sobre tais doenças, que podem acometer os bovinos

A palestrante Karina Diniz, mestre em ciência animal e coordenadora do Programa de Erradicação de Brucelose e Tuberculose da Cidasc, iniciou a palestra com a explicação sobre o que é a Brucelose, forma de transmissão entre os animais e como os humanos também podem ser infectados. Para essa doença, Karina apontou a existência de duas vacinas, a B19 e a RB51. Ambas, segundo ela, devem ser aplicadas somente por médico veterinário, pois oferece risco de contaminação, por serem vacinas com agentes vivos. De acordo com a palestrante, em Santa Catarina utiliza-se apenas a amostra RB51, nas fêmeas entre 3 e 8 meses de idade.

Sobre a tuberculose, Karina explicou que não existe vacina e que a doença é disseminada através da respiração e secreções, sendo mais comum em gado leiteiro de propriedades altamente tecnificadas, devido a elevada densidade animal. De acordo com Karina, o animal nem sempre tem aparência de doente como acredita-se. “Nem todos os animais com Tuberculose são magros, muitos aparentam ser saudáveis.” explicou. A identificação da doença é feita através de dois testes distintos: teste de tuberculina simples e comparado e de sangue (ELISA).

A profissional destacou que o estado catarinense está numa situação de risco muito baixo para essas doenças, isso se deve ao rastreio de animais infectados na vigilância de abatedouros e na cadeia leiteira. “Seguindo a vigilância, seria possível em 3 ou 4 anos, eliminar a Brucelose da cadeia do leite no estado” disse a palestrante, ao alertar sobre a importância do certificado de propriedades livres das duas doenças, que somente é adquirido nas propriedades que seguem as especificações das portarias 44/2020 e 23/2022.